sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Nova Lei do Estágio completa um ano nesta sexta-feira, 25 de setembro

Brasília – Hoje, menos de 5% dos alunos de ensino médio no país conseguem vagas de estágio. No ensino superior, o número não passa de 15%. Os dados, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), revelam a dificuldade encontrada por estudantes de escolas técnicas, de nível médio ou superior, agravada com a nova Lei do Estágio, que completa um ano nesta sexta-feira, 25 de setembro. O gerente da área no IEL nacional, Ricardo Romeiro, ressalta que a falta de entendimento da lei pelas empresas aliada à crise financeira mundial resultou na redução de 40% das vagas de estágio ofertadas no primeiro semestre deste ano.

“Enquanto os estudantes ganharam férias, redução da carga horária e auxílio-transporte, as empresas tiveram um dispêndio maior em entender muito bem a nova lei para evitar complicações durante o trabalho das Delegacias Regionais do Trabalho”, afirma Romeiro. “Para as universidades, a questão é mais complicada: inserir estágios nos projetos pedagógicos e fazer uma série de adaptações.”

O IEL faz parte de uma comissão do Ministério do Trabalho, que elabora uma cartilha com perguntas e respostas para esclarecer as dúvidas mais freqüentes sobre a Lei do Estágio. Ao mesmo tempo, o Ministério da Educação trabalha sobre a regulamentação da lei para ajudar as escolas técnicas, de nível médio e superior. “Hoje ainda há corrida das escolas para adequação, ainda há um número de empresas que ainda não compreenderam na totalidade a lei, então a gente trabalha na disseminação dessas informações”, destaca Romeiro.

O IEL estima que o país feche este ano com a oferta de 850 mil vagas de estágio. Dessas, aproximadamente 125 mil seriam vinculadas ao IEL. No primeiro semestre deste ano, o Instituto contabilizou setenta e duas mil vagas ofertadas, frente a 63 mil no mesmo período do ano passado.

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