quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Profissionais e empresas erram no aproveitamento de talentos


Muitos trabalhadores estão, hoje, deslocados em seus postos. Isto porque não trabalham usando seus talentos e competências, o que consome mais energia, causando mais desgaste e até doenças. A afirmação é da professora, pesquisadora, coach e empreendedora argentina Cristina Oneto, que proferiu palestra nesta quarta-feira (15), na Unindus - Universidade da Indústria, em Curitiba, sobre identificação e retenção de talentos. A especialista criou e desenvolveu a tecnologia Talentum, um software para identificação do potencial de pessoas.

Oneto veio ao Paraná a convite do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) para apresentar a tecnologia a profissionais de Recursos Humanos de indústrias do Estado. Segundo ela, o software analisa valores, orientação profissional, estilo de pensamento e níveis de alerta dos usuários, coletados a partir de questionários online, entrevistas e/ou consultoria. O resultado concreto são mapas e perfis de pessoas e equipes e cargos e comparativos percentuais baseados em competências. O conjunto detecta o potencial de desenvolvimento de pessoas e equipes, ajudando na retenção de talentos, na detecção de necessidades de capacitação, em coaching e mentoring, em relatórios de alinhamento posto-pessoa e na qualidade de vida do trabalhador.

Motivação - "Todos somos motivados por valores diferentes e as pessoas fluem quando são fieis a suas motivações", disse Oneto. A tecnologia Talentum classifica os valores motivadores das pessoas em oito tipos (poder, conhecimento, concreto, estruturas, pessoas, espiritualidade, harmonia e conquistas). A orientação profissional é classificada em oito siglas, chamadas âncoras, que o profissional utiliza para interagir. Os estilos de pensamento são classificados em quatro e os sinais de alerta são dois: introversão e extroversão.

Oneto disse que a maior causa de problemas nas equipes deve-se à interação entre introvertidos e extrovertidos. Segundo a especialista, atualmente a ciência já considera estas características como condicionamento biológico, o que exclui a ideia de que é possível mudá-las. A fundamentação teórica da tecnologia é apoiada em autores como Spranger, Jung e Schein, entre outros.

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